terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Salgueiro - Salix atrocinerea

"O salgueiro pega de estaca
O amieiro de raiz.
Não te gabes que me deixaste;
Fui eu que te não quis." Cancioneiro Popular

Na passada semana fui ao mercado do Bolhão comprar flores, quando sou abordado por uma senhora com um enorme balde de rama de salgueiros para vender: «Ó menino leve um raminho por 2€ que isto fica muito bonito seco». Sorri e comprei um ramo que me faz recordar os grandes passeios que fazia na minha infância, junto ao ribeiro da aldeia da minha avó. Nessa altura, em Bustelo da Lage (Cinfães), o meu tio levava-me a apanhar girinos com uma lata e junto das margens do ribeiro havia sempre ramos repletos de flores que pareciam mini-peluches. Lembro-me de trazer para casa pequenos ramos para brincar e que acabava por destruir de tanto apertar.
O salgueiro tem imensas variedades, mas esta é o salgueiro-preto e as suas esplendorosas flores antes de abrirem.

« No Minho o valentão usa chibata de salgueiro com que sacode a cabeça à guisa de janota de badine... », Camilo, Ecos Humorísticos

Guardei um pé em água para estacar nas Mogas junto do riacho, o resto do ramo meti num garrafão de vidro que o Gil me ofereceu. Voilá, a minha sala com toque de decor :)

2 comentários:

  1. Olá!
    Passei para conhecer o vosso blogue e já sou vossa seguidora, obrigada pela partilha.
    Cumprimentos:)

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