Espero que todos possam algum dia experienciar a felicidade que tivemos durante este ano de 2010 com a aquisição das Mogas. Este ano abençoado nunca será esquecido nas nossas vidas e sei que o 2011 que se aproxima será uma época de provações e realizações de pequenas tarefas para uma quinta e uma casa sólida no futuro. Obrigado a todos que foram passando por este diário em 2010, pelas palavras de apoio, incentivo e pelo carinho que têm pelo nosso projecto.
Um bem haja a todos e umas excelentes entradas no novo ano 2011!
Uma pequena e simples ideia de embalar mel, o frasco tratado como uma personagem num divertido processo criativo. O objectivo era atrair crianças a pegar primeiro no frasco do mel e deixarem o açúcar em segundo plano, o objectivo foi conseguido. Esta pequena maravilha foi totalmente desenvolvida pelo estúdio polaco Ah&Oh . O nome do mel, a imagem da marca e a criação do frasco foi tudo feito pelo mesmo gabinete, com um resultado bastante claro.
Estávamos à espera por este momento desde o Verão quando a Fernanda Martins nos deu a dica sobre o livro no curso que fizemos sobre criação de galinhas. Decidimos tornar a aquisição num momento especial de Natal, presentear a nossa biblioteca com um livro de ilustrações magnificas e um conteúdo info-galináceo soberbo. Creio que a vantagem principal da ilustração em aguarela, sobre a fotografia num livro desta natureza, é a facilidade de poder comparar as colorações das penas e texturas com a mesma intensidade de luz. Para quem souber ler inglês basta um pequeno dicionário junto do livro para dissipar as dúvidas nas palavras mais técnicas, para quem não sabe basta deliciar-se com as pinturas a aguarela. Este livro é composto por uma introdução sobre a história da criação das galinhas, as diferenças entre raças e como escolher a que melhor se adequa aos nossos intentos. Faz descrição de mais de 100 raças de galinhas a nível histórico, características e principais cuidados a ter. Deixo um pequeno exemplo de uma página do livro que fala sobre a galinha Dominique, ligeiramente parecida com a nossa Pedrês Portuguesa.
Esta semana perdi o Akira, o gato do Luís e da Sara ao deixá-lo fugir do prédio onde vivia. Depois de lhe dar de comer na sexta-feira ele fugiu para as escadas do prédio na nossa saída do apartamento e só no dia seguinte de manhã é que nos apercebemos da fuga do gato e começamos as difíceis buscas em plena feira da Vandoma no Porto. Cartazes, postais nos correios e o contacto com várias pessoas que lidam com os gatos abandonados da zona foram as acções que tomamos para tentar recuperar o gato Akira.
Uns abandonam os animais de propósito e outros, sem quererem, deixam-nos fugir. Nunca tinha estado numa triste situação destas e as pesquisas de ferramentas na net para tentar encontrar o Akira levou-me ao encontro de um blog sobre gatos abandonados e para adopção no Porto. Os Bichanos do Porto não são uma associação nem tem espaço próprio, são apenas um grupo de amigas que divulgam e recolhem gatos abandonados e/ou vitimas de maus tratos. Tudo apenas fruto de esforços pessoais e da grande paixão que têm pelos gatos. Confesso que senti algum alento e esperança com as mensagem que li no blog sobre situações semelhantes a que estou a viver neste momento e a forma como podem acabar bem estas historias.
Este ano deixamos a azeitona nas oliveiras, não tivemos oportunidade de a tirar a tempo e a quantidade também não era assim muito significativa. No curso de podas que fizemos pelo CMIA, no passado mês de Novembro, fomos aconselhados apenas a arejar as oliveiras com o corte dos ramos internos e eliminar ramos fracos para usufruir das oliveiras como peças "escultóricas". Realmente dar uma poda radical para rebaixar as copas não ia ser saudável para a árvore e não íamos ganhar grande coisa com a operação, temos sim de recuperar a produção com pequenas podas graduais nas mais antigas e criar um novo olival.
Vamos levar as dicas do Eng. José Pedro Fernandes como um bom conselho e tentar controlar a partir de Janeiro o crescimento das oliveiras com uma poda ligeira de limpeza, para no verão dar uma outra ligeiramente mais forte. Com algumas buscas na net sobre podas em oliveiras encontrei num outro blog um pedaço de historia sobre a olivicultura portuguesa, um cartão profissional de podador de oliveiras, com os deveres e regras de uma poda profissional.
Imagino naquela altura um profissional de poda a acompanhar durante dezenas de anos o mesmo olival e a esculpir com as próprias mãos centenas de árvores que ajudou a plantar. Hoje a realidade é bem diferente e as podas de olivais intensivos são realizadas por um processo mecânico de discos rotativos , onde as oliveiras são formatadas sem se ter em consideração as particularidades de cada árvore.
Estive a fazer uns desenhos para substituir as portas do palheiro e acho que vou manter a entrada com duas, uma mais curta para passagem e outra mais larga para carga. As pranchas das paletes recicladas ficam mesmo na medida, 2 metros, agora basta cortar e pregar tudo. Estou a pensar, no final, dar uma cor tradicional na porta, como se faz para os lados de Amarante, um azul ou vermelho bonito. Ao lado podem ver a imagem da face interior, no exterior vou deixar a superfície lisa.
Primeiro vou preparar as tábuas que preciso, retirar os pregos e dar um acabamento de lixa. Depois quero dar um tratamento contra a humidade, as tábuas são muito finas e preciso de as proteger contra a chuva, uma mão de Cuprinol deve chegar para a porta aguentar uns anitos.
No final o tal esmalte de cor, não sei se devo ou posso dar esmalte em cima do Cuprinol, vou tentar arranjar informação sobre isso.
Se forem contemplados este Natal com uma caixa de vinho em madeira não a deitem fora, construam de forma fácil um ninho ou um insectário. Basta um berbequim com uma broca larga uma chave de estrela e já está!
Este Verão tivemos a oportunidade de ouvir a Professora Luzia Sousa, responsável pelo Museu de História Natural da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, explicar e eliminar os mitos e as superstições ligadas aos morcegos e promover o conhecimento biológico acerca destes animais. O workshop no CMIA, tinha uma componente teórica, onde eram abordados temas como o comportamento dos morcegos, biologia e a sua presença na arte e na literatura, e uma componente prática de observação e localização de morcegos através de um conversor de ultras-sons.
O programa da RTP2 Biosfera registou o workshop, uma noite de verão muito agradável que passamos acompanhados pelas nossas mães. Aparece referencia ao workshop após o minuto 30 - Biosfera - Magazine 1-12-2010
Gostava de partilhar aqui no blog alguém com quem me identifico e admiro pelo trabalho e coragem que ainda não tive, de seguir a paixão da olaria. Eu e a Antónia tivemos a oportunidade de conhecer o Vasco Baltazar e o seu trabalho na feira de artesanato de Vila do Conde em 2005. Na altura tivemos uma curtíssima conversa com o Vasco sobre o seu trabalho e como ele trabalhava terras vulcânicas dos Açores na preparação das suas pastas. A espectacularidade dos seus trabalhos e a qualidade do vidrado de cinza de algumas peças deixaram-me perplexo e a questionar como era possível a cerâmica contemporânea em Portugal, de qualidade internacional, ser exposta num tão humilde expositor de feira. Não quero teorizar e analisar os estigmas da arte da cerâmica no nosso país com o trabalho do Vasco, apenas sinto um nervoso miudinho de revolta com tanta ignorância, arrogância e falta de qualidade das galerias de arte nacionais que tenho deixado de visitar. Vejam aqui o vídeo sobre o Vasco Baltazar e as extraordinárias peças que cria.
O CMIA de Vila do Conde vai realizar este sábado, 27 de Novembro, um novo curso sobre "Técnicas de Poda". O objectivo da oficina é dar noções básicas para executar podas em espaço florestal e em árvores de fruto.
Custo da inscrição 10€ Horário 10h-12:30 e 14h-17:30 Incluí saída de campo e os participantes deverão ir munidos com tesoura de poda.
Era uma vez, uma palete que ia para o lixo... Reciclar madeira de paletes para pequenos arranjos não é nenhuma novidade, após uma triagem das tábuas encontrámos madeira de pinho com alguma qualidade. Pedi no meu trabalho para me guardarem as tábuas mais compridas das paletes que normalmente são recolhidas para o lixo. Não têm nenhum tratamento térmico especial, mas creio que podem vir a ser uma boa matéria prima para inúmeros projectos. Para já tenho a ideia de uma porta nova para o palheiro, mas não faltam sites na net para nos ajudarem a elaborar pequenas estruturas de apoio com esta madeira tão valiosa.
Descobri para os lados do Canadá alguém que tem trabalhado com a reciclagem das paletes com muito sucesso, The Pallet Shed é um site dedicado a barracões, enquanto o The Pallet Fence é dedicado a vedações. Gostei destes sites porque são registos reais dos processos de trabalho e montagem. Não parece complicado e dá vontade de experimentar. Inspirem-se também!
Gostei muito como desta pequena horta familiar Australiana que se especializou na venda de sementes de tomate, estrume de minhoca e projectos de hortas que montam em casa dos clientes. Têm um bom site com loja, um bom blog para as dicas para o pessoal opinar e uma barraca para feiras onde vendem o conceito de germinar as sementes de tomate no estrume de minhoca, garantindo grandes resultados em pequenos espaços domésticos.
Mas todas estas ideias podiam ter passado despercebido se não fosse um excelente trabalho de design gráfico e ilustração de Frank Aloi. A ideia não era vender em grandes espaços comerciais da especialidade, estes australianos queriam vender apenas para quem realmente apreciava o projecto das hortas. Investiram numa imagem de marca muito forte que nos remete às embalagens vintage, onde a ilustração e a tipografia nos faz lembrar o tempo das nossas avós. Adorei o design destas embalagens de tomates. Sucesso!
Centro Local de Animação e Promoção Rural é o significado da importante sigla CLAP, vizinhos das Mogas (Quinta da Tapada), com o recreio do infantário a confrontar o nosso pinhal. Este Centro é muito mais que uma instituição sem fins lucrativos ou um normal centro de dia para idosos, esta IPSS dá trabalho a 36 pessoas e é um orgulho para a nossa freguesia e fundamental para todas as outras onde tem raio de acção (Canadelo, Fridão, Olo e Rebordelo). Cantina, salas de formação, balneários, espaço de ensaios e auditório, café e centro de dia, jardins, ATL, infantário, creche e um essencial apoio qualificado ao domicilio para 25 utentes.
Tivemos o privilégio de ter uma visita guiada pelas instalações do CLAP durante estas férias e ficamos com um sentimento forte de perseverança em relação ao Centro, ver o trabalho que está a ser desenvolvido na formação de adultos, no apoio às crianças, ao Rancho Folclórico e na organização de eventos importantes com a Festa das Colheitas, Carnaval, etc... Viver no sopé do Marão com apoio deste por perto é um luxo.
Visitem o site de um serviço comunitário de excelência em Portugal. WWW.CLAP.PT
A ideia do quarto-de-banho seco não é novidade nenhuma, prova disso é a existência de um dentro das Mogas, que era utilizado pelos antigos caseiros.
Está mesmo ao lado da casa e já está muito degradado pelo tempo. Não vai dar para recuperar porque foi construído num local importante de passagem. Queria fazer aqui o registo desta estrutura, para mais tarde recordar. :)
Estávamos à espera desta altura para fazer uma sebe com flores, aproveitando a cerca que a vizinha colocou para conter os cavalos. Fomos às compras de 3 buganvílias, 3 medronheiros e uma feijoa (goiaba-ananás). Depois de ter visto o blog do Zé Júlio e as dicas sobre sebes, foi fácil decidir o que plantar. Tivemos algum cuidado especial com as buganvílias porque morrem com o gelo quando são pequenas, por isso fizemos uma pequena estufa para as proteger utilizando um plástico grosso e as próprias estacas que vinham nos vasos. Vamos ver se aguentam o teste do Inverno. Estrumamos tudo com alguma caca de ovelha, especialmente os buracos dos dois medronheiros porque estavam fracos. Optamos por estas espécies por serem muito floridas e apresentarem características ideais para muro ou sebe. Mais tarde mostramos o resultado desta plantação.
Não resisto em partilhar este vídeo, parece simples, eficiente e sem gastar água. Não precisamos de descascar o ovo por baixo da torneira. Vou experimentar para ver se resulta e mais tarde comento.
A falta de saneamento em certas zonas de Vila Chã do Marão obriga os habitantes a construir fossas, na sua grande maioria fossas sumidouras que podem poluir lençóis freáticos ou inquinar os poços dos vizinhos (imagem ao lado). Estamos a estudar o tipo de saneamento a implementar na nossa casa e numa dessas pesquisas comentei um vídeo no Youtube sobre quartos-de-banho sem o uso de autoclismo ou fossa, usando apenas um depósito compostor.
Por incrível que pareça, recebi resposta ao comentário do Youtube pelo autor/actor Marcos Abreu, Eng. agrónomo permacultor da CEPAGRO em Santa Catarina (Brasil) . Voilá, como ele ia a Itália esta semana a uma conferencia, marcamos encontro em Gaia para um almoço de dois dedos de conversa sobre as Mogas e os projectos comunitários que que ele lidera. Conhecemos também a galera do Marquito, a namorada Sofia, a amiga Diana e o vizinho Paulo. Ficou decidido que vamos construir um destes banheiros secos nas Mogas, eles não produzem cheiro, não gastam água e vão ajudar a fertilizar os campos. Ficou no ar uma possível formação sobre este assunto no futuro, a realizar em Amarante.
Os vídeos para dissipar dúvidas sobre este assunto.
BANHEIRO SECO - PARTE 1
BANHEIRO SECO - PARTE 2
Um abraço a todos pela a amizade e a inspiração que nos deram para o nosso projecto.
Se existem fins-de-semana para mais tarde recordar, este último foi um deles. Sexta estive de férias para adiantar o corte de mato junto ao carvalhal, umas mini-férias carregadas de descobertas, encontros e super notícias que nos preenchem a alma de felicidade. É BOM VIVER!!! :)
Fiz uma pequena manutenção na roçadora, hidratado com uma excelente garrafa de verde tinto oferecida pelo meu vizinho Fernando. Com a lâmina bem afiada cortei o que podia até ao fim da tarde. Sábado conheci o Marcos e a Sofia do CEPRAGO e os amigos Diana e Paulo. Estivemos a trocar ideias sobre projectos comuns ao almoço, a comer uma francesinha do lado de Gaia. No domingo, para terminar o serviço da limpeza, tive a ajuda do meu rico vizinho Rafael da Cavaleira no corte de alguns Lódãos e Choupos que estavam soltos pela leira. Nada como trabalhar acompanhado por quem sabe da poda. Obrigado Rafa!
Luísa obrigado pelo almoço, foi o ponto alto de todo o fim-de-semana por uma única razão... Já agora parabéns pelo excelente leite creme :)
Mais um pequeno habitante do riacho que fotografamos nas férias. Esta rã verde juvenil está bem gordinha! :) Gostamos de rãs e de sapos, ajudam a controlar os mosquitos e as moscas no verão. O facto de andarem muitas junto ao riacho é um bom sinal, indicam que a água não está muito poluída. A foto do fundo mostra uma encontrada em Setembro, quando estávamos a limpar uma zona sombria do terreno. Parece diferente esta rã, mas pode ser a mesma especie com outra maturação. Com tempo vamos aprofundar este assunto.
O nosso palheiro é a estrutura em melhor estado do todo o terreno. Consiste num pequeno "duplex" com o piso superior em madeira e uma eira bastante grande junto ao pinhal. A vista é incrível para o Tâmega e para a casa que fica do outro lado do vale. Como as vistas e a luz são extraordinárias deste lado das Mogas, surgiram algumas ideias loucas para o espaço:
- Zona de barbecue com mesas e apoio de cozinha. - Um pequeno estúdio para receber pessoal. - Uma sauna finlandesa com uma zona de banho exterior.
Após alguns brainstorms e gargalhadas, ficou decidido o futuro do palheiro. Aqui vai nascer a nossa olaria, um espaço que sonho à muitos anos ter, para poder exercer e realizar os meus projectos em cerâmica. A estrutura do palheiro vai albergar o forno e a cabine de vidragem, a eira vai ser a minha zona de trabalho, com roda, bancada de secagem e mesa de modelação. Todos estes anos de espera e busca pelo sítio perfeito valeram o tempo, finalmente encontrei o espaço para a oficina que tanto almejava, a olaria para fazer os meus vasos, os meus potes e a minha louça dentro de casa.
Ontem a nossa rica vizinha Luísa surpreendeu-nos com uma boa prenda, o desenho do levantamento topográfico. Ainda não está completo porque falta limpar uma zona muito densa de mato, mas o que temos levantado já dá para começar com ideias sobre a casa.Obrigado Luísa pela paciência e pelo trabalho, falta cada vez menos vizinha ! :)
Quando temos em mão uma quinta de velho cheia de silvas, vizinhos impossíveis que só nos desejam fracasso, irmãos que não acreditam na força e capacidade da família para fecundar novamente o terreno fértil do passado, o cenário torna-se sombrio e tenebroso ao ponto de nos fazer desvanecer os projectos e os sonhos . Nessa altura temos de ir buscar ao Fundo uma força para não ouvir os fracos, acreditar em nós e avançar pelo meio das silvas a abrir um caminho de descoberta e fazer luz na terra que é nossa e de mais ninguém.
Faço esta analogia rural e familiar com as noticias e os discursos que nos envolvem e agitam diariamente sobre a nossa nação, a forma como as pessoas alinham no carneirismo do discurso do mau exemplo, do derrotismo e do Apocalipse. Tenho um orgulho imenso de ser português e de ter tido a sorte de nascer no nosso país com tudo o que tem de bom e de mau. Gosto de arregaçar as mangas e saber que não posso culpar ninguém pelas silvas que não arranco do meu terreno, mas gosto muito mais do sentimento de satisfação indescritível que sinto ao ver uma leira limpa ao fim de uma tarde de sábado.
Gosto muito deste vídeo do Miguel Esteves Cardoso, uma boa injecção contra as doenças do quotidiano e que me dá força para entrar com paixão e entrega ao trabalho.
Já estamos inscritos numa oficina de apicultura para o próximo sábado 30 Outubro 2010. O CMIA, em Vila do Conde, ainda tem inscrições abertas para a oficina de apicultura. São 6 horas de curso a iniciar às 10h e a terminar por volta das 17:30, pelo módico valor de 10€.
Como vamos ter bastantes canteiros de flores e ervas pelas Mogas, gostávamos de fixar uma colónia de abelhas na quinta para ajudar na polinização. Não sabemos se é complexa a manutenção de uma colmeia, mas sabemos que vai ser muito importante ter estas "máquinas voadoras" a trabalharem por nós.
Creio que toda a gente conhece os filmes do Senhor dos Aneis pelos seus efeitos especiais, história envolvente, batalhas apocalípticas e os incríveis cenários naturais onde as filmagens decorreram. A equipa de filmagens quando abandonou a Nova Zelândia deixou montado um dos cenários mais engraçados do filme, a aldeia dos Hobbits, e as ovelhas da pequena aldeia de Matamata agradeceram.
Nas Mogas temos bastante declive entre leiras e esta ideia de abrigo é bastante engraçado. Podemos misturar o conceito dos "jardins no telhado" numa estrutura pequena, bastante fácil de fazer. Apontamos esta no nosso Blog! ;)
A falta de chuva destes últimos dias não tem ajudado ao desenvolvimento dos cogumelos. Uma chuvita vinha mesmo a calhar para umas ricas voltas Micológicas nos próximos dias. Na nossa caminhada de fim de semana apenas avistamos 2 boletos , o da imagem com 9cm e um maior mas já em decomposição com uns 12cm.
O grande problema é saber que boleto é... Boletus lepidus ? Boletus edulis ?
Ambos são comestíveis, mas não vou arriscar, pode até ser nenhum destes. Se ainda estiver lá no próximo fim de semana vou cortar ao meio o fungo para poder analisar os poros. Durante o crescimento, o cogumelo vai sofrendo muitas transformações na forma e na cor, tornando bastante complicada a identificação. Mesmo com os novos livros não conseguimos clarificar que cogumelo é, se quiserem dar palpite estejam à vontade.
Neste fim de semana passamos pelas Mogas, uma ausência prolongada de 2 semanas para descobrir que a quinta estava coberta com uma manta de relva muito verde. Lindo!!! Apanhamos castanhas, vimos cogumelos e descobrimos que as cores do Outuno andam muito para lá do castanho.
Não podem levar a casa para o campo? Então levem o campo para o telhado e façam como estes Noruegueses.
Ao que parece a moda está a pegar por toda a Europa e já existem empresas especializadas na preparação de terraços para este efeito, procurem no google. O efeito pode ser muito bonito, mas não sei se arriscava... Imagino na cidade, um pomar num prédio de 10 andares, um pouco de vento e cai um marmelo lá de cima para a rua... Marmelos cadentes pode vir a ser um fenómeno atmosférico da próxima década. :)
Nas curtas férias que fizemos por terras galegas, fomos obrigados, por diversas vezes, a procurar abrigo da choiva ... Nada como umas boas livrarias para passar algum tempo de qualidade em Santiago. Encontramos dois pequenos livros bastante engraçados sobre cogumelos, embora não tenha encontrado o livro feito por micólogos galegos que procurava. Com estes dois novos livros vai ser mais fácil dar o nome correcto aos cogumelos das Mogas.
Os galegos fazem muita investigação no norte de Portugal sobre fauna e flora, as publicações que encontramos por aqueles lados eram na generalidade muito boas e de fácil leitura.
Já experimentei uma cama de fetos e agora não quero outra coisa.
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Adoro fazer pandans com a minha colecção de galochas.
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É uma festa quando estão cá os meus primos da Bélgica.
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A única maneira de ter um descapotável é comprando um tractor agrícola.
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Quero agradecer a todos os criadores e especialistas em cama de fetos pela estrondosa vitória neste inquérito. Tenho duas teorias sobre este resultado, ou o pessoal aqui do blogue é muito hormonal com os ares do campo ou isto da ruralidade realmente espevita os nossos instintos mais primários e o pessoal não quer saber da TV para nada!! :)
Gosto de procurar pela net pequenos sites de bricolage e de interiores, fascinam-me os pequenos arranjos e estruturas que podemos fazer por casa a baixo preço. Um dos pontos chave para o sucesso numa quinta é termos a capacidade de fazermos as reparações e as obras que precisamos e evitar pedir orçamentos ou comprar feito. Uma estufa por 40 € parece ser um bom projecto para uma tarde de sábado muito bem passada com os filhos ou amigos. Consegui encontrar um site americano com um bom manual de montagem e com prova dada que a estufa é de qualidade e produz a atmosfera necessária para produzir legumes. Assim que tiver oportunidade vou fazer esta estufa nas Mogas, achei bastante simples e vai ser divertido. Carreguem no link para terem acesso ao manual. MANUAL DE INSTRUÇÕES
Se conseguirem reciclar paletes e velhos plásticos conseguem atingir o preço de 40€, mas o preço deve subir se forem a uma grande superfície comprar o material da lista. Mesmo assim comparem pela net o preço dos materiais que vão precisar, o valor não deve ultrapassar os 100€.
O nosso olival é uma leira bastante despida com uma boa exposição solar, que conta com cerca de 7 oliveiras muito mal tratadas a ultrapassarem vários metros de altura. A nossa intenção é plantar mais umas 15 /20 oliveiras naquele espaço, ter azeitona para curtir de formas diferentes e arranjar azeite suficiente para um ano de casa é o nosso desejo para aquele canto.
Vai ser necessário um corte agressivo de revitalização para produção, mas vou deixar isso nas mãos de quem percebe para não fazer nenhuma asneirada.
Dizem os antigos: As Mogas produziam no passado umas 6 pipas de verde tinto porreiro, eram necessárias duas juntas de bois para puxarem o vinho da casa do caseiro. Olhe que tem ali uns bardos de categoria.
Hoje a coisa muda de figura porque a vinha já anda no alto dos choupos e muitas das videiras estão perdidas. Vai ser preciso uma reorganização séria das linhas com bons esteios. Tudo indica que num futuro próximo vai nascer um Espadal trepador de deitar as mãos ao barril. Este fim de semana vamos aprender com os nossos ricos vizinhos como se faz uma vindima com alegria.
Está a decorrer no Blog um inquérito para ficarmos a saber porque os nossos seguidores gostam tanto do campo e da lavoura. O que leva o pessoal a suar a camisola, a estragar as unhas na terra ou a fazer kms até um determinado sítio. Efectuem as vossas votações no topo da barra lateral, aqui ao lado direito. Depois de votarem esse espaço vai ficar ligeiramente diferente para poderem ver como estão a decorrer as votações. As urnas fecham no final do mês, não se esqueçam de votar!
O nosso olival é um pequeno mundo de
biodiversidade, as velhas oliveiras estão sem toque do homem à muitos anos e a falta de podas reduziram substancialmente a produção de azeitona, favorecendo através do pousio o crescimento de outro tipo de organismos.
Os líquenes são dois organismos num só corpo, o resultado da simples união de um fungo com uma alga no sitio certo, que crescem criando pequenos mundos de deslumbrante beleza. Procurem andar com uma lupa, pois ela é o instrumento principal de qualquer liquenólogo.
Flavoparnelia Caperata é uma das espécies que pode crescer em troncos e em rochas, adquirindo tons entre o verde e o amarelo. Ao contrário do que se pode pensar não é sinal de nenhuma doença da árvore, mas sim um bom bioindicador de contaminação atmosférica.
Não conseguimos descrever como a Festa das Colheitas foi tão genuína e familiar. O adro da igreja bem composto e muita gente compradora junto das bancas dos feirantes. Comes e bebes noite dentro com uma actuação musical de 3 horas de Tony Rural, que teve de ser travado pelo Presidente da Junta perto da uma da madrugada. Fantástico!
A desfolhada foi uma grande demonstração como as tradições e o espírito do nosso interior não está moribundo e envelhecido. A vivacidade e alegria desta pequena festa foi uma prova viva que existe empreendedorismo e vontade de mudar dogmas. Muitas pessoas abordaram-nos para conhecerem "os das Mogas", e depois de dois dedos de conversa insistiam em estarmos na Festa do próximo ano com produtos nossos. Temos de deitar mãos à obra!
